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Categoria: Resenha

Resenha de Álbum: Crizin da Z.O. – Acelero (2024)

O ano de 2024 está cheio com lançamentos de bons projetos musicais e o grupo Crizin da Z.O. com o seu terceiro álbum de estúdio é quem sai na frente no quesito qualidade e experimentação. O grupo de rappers lança o disco Acelero (2024) que é a sequência dos álbuns Brasil Buraco Vinte Vinte (2020) e Alma Braba (2022), além do EP Tudo Está Acontecendo ao Mesmo Tempo Agora (2019). O novo projeto é uma continuação das experimentações do projeto anterior de 2022, só que com um pouco mais de refino na produção. 

O Acelero apresenta uma mistura do Funk brasileiro com a música Eletrônica, além de aproximações de outros estilos como o Punk, o Industrial, o Techno, o Hip-hop e outros estilos brasileiros como o Samba, a Batucada e alguns estilos regionais. O que mais impressiona nessa mistura de ritmos é como os artistas conseguem manter a coesão dos sons ao mesmo tempo que trás consigo uma proposta visceral do projeto, nos hipnotizando em meio ao caos. 

Não é atoa que o nome deste projeto é acelero. Tudo soa tão rápido, anárquico e cheio de potência que bagunça de um modo positivo a mente do ouvinte, de forma a se perder na mistura de sons. Essa estética também aparece nas letras que fazem uma série de referências culturais diversas, citando desde o presidente russo Vladimir Putin até o anime Hunter x Hunter, por exemplo. 

Outra referência que é bastante comentada pelos ouvintes é a do teórico Mark Fischer, autor do famoso livro Realismo Capitalista. O conceito trazido no livro é o Realismo Capitalista, que é essa sensação pessimista de que não há futuro (no future) além do sistema capitalista moderno, que levará  todos ao fim do mundo: qualquer crítica feita ao modelo econômico vigente é absorvido por ele e transformado em mercadoria realimentando o sistema. O álbum é a trilha sonora de ter de continuar vivendo em um mundo se encaminhando para se tornar, definitivamente, uma distopia. 

O projeto está a todo momento falando da confusão que é ser humano diante dessa sociedade que nos trata como máquina. A quantidade de dados e informações que nos são jogadas, o tempo todo, faz com que o nosso tempo pareça cada vez mais escasso. Cada vez mais sentimos mais a necessidade de sermos mais eficientes, tentando reter o máximo de informações o possível, seja assistindo vídeos ou podcasts na velocidade de 2x enquanto pega o metrô lotado, seja trabalhando mais, seja comendo processado, a ideia é o máximo de coisas possíveis, sem tempo de absorver tudo que nos é jogado a todo momento. Cada vez mais somos negados do ócio e negamos o tédio, especialmente pela acessibilidade dos aparelhos eletrônicos que cada vez mais são extensão de nossos corpos e consciência. Ou nosso pacote de dados acaba, ou o dia-a-dia, assim como o álbum, fica tão acelerado que o único fim é o colapso.

Acelero consegue demonstrar, tanto sonoramente quanto nas letras, a sensação de ser humano na modernidade, ou pós-modernidade, em 2024 conectado ao mundo digital, enquanto se utiliza de estilos mais modernos atuais como o Funk e a música Eletrônica sem perder de vista a visceralidade do underground ao referenciar o Industrial, a Batucada e o Punk. 

Por fim, é importante destacar os convidados que aparecem no disco como a cantora Saskia em “Calmo apesar de Tudo” e o cantor Jhon Douglas em “Domingo” ambos emprestam suas vozes que contribuem para o frenesi estético das faixas. Além disso, o grande destaque colaborativo vai para o ex-baterista do Sepultura, Iggor Cavalera, que empresta sua experiência no instrumento para complementar a percussão na faixa de abertura do disco.


Faixas destaques: Calmo apesar de tudo (feat. Saskia); Simulado; Acelerado; O Fim Um (feat. Iggor Cavalera); Colapsado

 

Um romance sem mobílias

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